Aula expositiva dialogada sobre o conceito de Comunismo.
O professor instruiu a respeito das noções de comunismo encontradas em Platão (Atenas, 428 ou 427-348 ou 347 a.C.), especificamente, em seu escrito "A República" (provavelmente, entre 385 e 380).
Neste ponto, o professor explicou o "Mito da Caverna", que é encontrado no livro VII do escrito acima citado, conforme é disponibilizado abaixo:
Imagina homens que estão numa morada subterrânea, semelhante a uma furna, cujo acesso se faz por uma abertura que abrange toda a extensão da caverna que está voltada para a luz. Lá estão eles, desde a infância, com grilhões nas pernas e no pescoço de modo que fiquem imóveis onde estão e só voltem o olhar para frente, já que os grilhões os impedem de virar a cabeça. De longe chega-lhes a luz de uma fogueira que arde num lugar mais alto, atrás deles, e, entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho em aclive ao longo do qual se ergue um pequeno muro semelhante ao tabique que os mágicos põem entre eles e os espectadores quando lhes apresentam suas habilidades.
– Estou imaginando... disse.
– Pois bem! Imagina homens passando ao longo desse pequeno muro e levando toda a espécie de objetos que ultrapassam a altura do muro e também estátuas de homens e de outros animais, feitas de pedra e de madeira, trabalhadas das mais diversas maneiras. Alguns dos que os carregam, como é natural, vão falando, e outros seguem em silêncio.
– Estranho é o quadro que descreves, disse, e estranhos também os prisioneiros...
– Semelhantes a nós... disse eu.– Então se fossem capazes de conversar entre si, não achas que eles pensariam que, ao dar nome ao que estavam vendo, estariam nomeando coisas realmente existentes? (Platão. A república: [ou sobre a justiça, diálogo político]. Tradução Anna Lia Amaral de Almeida Prado. São Paulo: Martins Fontes. 2006. Título Original: ΠΟΛΙΤΕΊΑ – [ή περì δικαίοµ, πολιτικός], 514 a-515 b).
Com relação a isso, o professor fez a reflexão clássica de o que deve (ou pode) fazer o homem que se liberta de seus grilhões. Disto emerge a questão da comunidade, da Ética (com "e" maiúsculo) e do compromisso dos humanos.
Nos momentos finais da aula, ainda houve tempo ainda para introduzir o nome de Thomas Morus (Londres, 1478-1535), como aquele que comumente apontado como o "pai" do comunismo.
Os esclarecimentos, no entanto, sobre o contexto de vida e da obra do pensador britânico, ficaram para a próxima aula.
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